terça-feira, 29 de março de 2011


A afirmação eu ouvi de longe:
Eu fiz meu pé.
Precisa ser artista demais pra fazer esse pé.
É claro que sabemos todos que fazer o pé, ou fazer ou a mão, carrega em si, um significado mais simples, qual seja, pintar as unhas de ambos os membros.
Pensei na possibilidade de moldar esse pé, para que, ao fazê-lo, pudesse tornar-me semelhante àquela-la que fez o mesmo.
Pintura, modelagem, unhas, pés, unhas e mãos.
Todo um processo que resulta na oportunidade de expressar encanto e felicidade.
Uma pequena tela, ou um pequeno pedaço de papel chamado agora, de unha.
Um pequeno jardim que exala um doce aroma chamando pelas cores do momento, do instante, das estações.
Imaginem o tocar descalço desse pequeno suporte do corpo mágico.
Mágico na maneira como promove dança ao vagar pela sua casa arrumando e melhorando os lugares das coisas.
Um papo pendurado na estrutura de metal fininho, recebeu o contato das mãos umedecidas pela louça fina e o plástico de guardar frios.
Quente é a sola do pequeno suporte que se agrada com a chegada do solado rasteirinho de couro fino.
As unhas da leoa rápida está sempre a procura da terra rasgada pelas obreiras do subsolo.
As mãos da guerreira preparam-se agora para dedicarem-se à pintura do espaço dedicado à habilidade de outras mãos que esperam aprendizado.
Assim é a boniteza do fazer o pé dessa estrela.
A estrela que caminha flutuante, entre o esmalte saindo do vidro e o oxigênio que oferece tempo pro caminhar do perfume