quarta-feira, 23 de março de 2011


Três é um número primoroso.
Três subiram o monte para ver um ser luminoso colocar-se na condição de luz.
Há luz, portanto, passando pelas tramas do algodão no tecido estampado com maestria pela lindeza dos gestos.
Três janelas se abrem para a comunicação de uma verdade absoluta, que realça a poesia dos instantes e monumentaliza em carne e ossos a feminina ligeirice da fantástica.
Passa o tempo, caminha o barco, os barcos, a viagem e os caminhares.
O tempo tem esse poder mesmo, porém somos nós quem o agiliza com o encadeamento de imagens abundantes.
As nossas imagens são vertiginosamente consequentes e a consequência disso é que o nosso tempo é transverso e versa por todos os lados em assimetria moderna e simetria clássica.
O classicismo de nossos discursos confundem-se com as manifestações sofisticadas e rebeldes das nossas graças.
A respiração quase recua quando as gargalhadas tomam conta do tempo esperto, horizontalizado.
Mais esperto é o riso, o sorriso, a festa que fazemos quando as horas enfileiram-se em posição de sentido.
Sentimos que é assim que firmamos o braço no braço de ferro.
Sintonizamos a imagem no monitor colocando uma palha de aço na antena.
Lustramos a nossa imaginação somando agora três vezes mais empatia e vibração, ainda mais agora, que o couro cobre os pés e descansa sobre os dorsos dos quatro.
Quatorze é um número santo.
Os passarinhos sem gaiolas que não sejam próprias, vão abraçando a poética de ambos os abraçadores e cantam bonito, com boniteza lúdica e voadora.
Bumerangues de sonhos e realidade cobrem o céu.
De um lado saem a imaginação e o insight e do outro o grafismo e a pincelada segura.
Dois lados de uma mesma moeda cunhada em papel de pão com tinta de colorir certezas