domingo, 6 de março de 2011


Você quer entrar na razão?
Que razão teria para tal feito, já que a entrada das máquinas fica do outro lado?
Cá estou eu escrevendo, usando uma máquina digitalizadora que realça as minhas digitais, estampadas imperceptíveis no teclado.
O realce é dado mais pela intenção da palavra do que pelo registro das letras.
Digitais são exclusivas, pois excluem a possibilidade de serem todas as outras.
Assim funcionam as pessoas nas suas doses diárias de máquinas.
Individualizam as possibilidades, requerendo o egoísmo humano apenas para si.
Ser humano é isso, é aquilo e é aquilo outro, vários montes de egoísmo num único vale.
Não o já dito e escrito vale de lágrimas, mas um vale mais refeição.
Refaremos imediatamente essa questão e passaremos a nos alimentar de versos, de fantasia e de muita imaginação.
A contra indicação de tudo isso é que o egoísmo pode se espalhar por todos os cantos e as pessoas do vale podem se perder entre tanta informação exclusiva.
Exclui-se portanto o egoísmo.
Agora não mais teremos preocupações, apenas a ocupação com o que fazer com uma raça que pensa demasiadamente nos outros.
Uma raça de ocupados com o outro, sem as metáforas agressivas do ego.
Alguém poderá pensar:
Como acordariam homens e mulheres na possibilidade desse texto ser algo racional?
Acordaram todos que esse texto é apenas nais uma forma estranha se colocarmos asas na imaginação, assim sendo, é inevitável que toda essa esperança desapareça como mágica.
Para entrar nessa mágica basta recitar a palavra mágica.
Você não gritou bem alto: Mágica?
Perdeu a chance de tornar-se mais um esperançoso a escrever com alto som, algo que pudesse ser compartilhado com mais um, mais um e mais outro.
Faz bem pouco tempo estive conversando com uma moça que me despertou do sono e eu também a despertei.
O sono era tão profundo que anbos precisamos de máquinas reguladoras de luz para que não ficássemos cegos.
Esforço vão, esse das máquinas, afinal o despertar só foi possível porque ambos os sujeitos são muito atentos.
Têm os olhos arregalados, abertos para o próprio umbigo.
Os olhos estão tão voltados para os umbigos que logo forma-se um imenso cordão.
O nosso bloco está nas ruas e o trio elétrico não espera mais nada, já que a banda toda toca, no ritmo de cada um