quarta-feira, 2 de março de 2011


Eu mesmo escrevi e eu mesmo experimentei não entender:
"A orientação é desorientar o eixo e estabelecer tudo o que não pode ser estabelecido, afinal nada disso faz sentido se não for analisado por um rato de laboratório".
Esse texto está escrito no verso da perna esquerda da minha calça cinza.
O que será que significa ser cobaia?
Só ela pode analisar a orientação que desorientará o eixo?
Nada nessa vida crua faz sentido, desde que a cobaia não saiba analisar o contexto?
O contexto muda quando a cobaia analisa detalhadamente o eixo e descobre que ele é desorientado?
O contexto pede um eixo que oriente a cobaia para que ela permaneça acessível ao sistema?
O rato do laboratório escapou da casinha e foi passear no jardim redondo, fazendo arte pra si mesmo, rendendo homenagem vasta à sua semelhante, artista que é de aprimorar-se para a festa.
Andando a procura de um salto, achou logo dois para atirar-se na alegria de um sorriso aberto e franco.
Cobaias arteiras vivendo no eixo, buscando orientar-se pelo ainda não estabelecido.
Pretendemos estabelecer a arteriocracia, onde a bomba de sódio e de potássio reina e não estoura.
Ramificamos tanto de bombear o sangue para todos os cantos internos, externando a expressividade de cada gesto.
As vozes conjugadas na narração, alternam pegada e poesia, deixando os rastros no asfalto quente.
Rastro de vozes no piso, fazem dele um palco liso, que nos faz dançar não pela escorregadela, mas pelo movimento preciso do nosso abraçar bonito