terça-feira, 1 de março de 2011


Olhares todos.
A forma, a figura, a proporção, a estratégia e a façanha.
O fato, na entranha da intenção, nas entrelinhas da ação espontânea.
Estaria a figura alada, refreando sua estada?
Empinadas estão as asas, amedrontadas pelas retinas afiadas da garota?
Têm medo, ou são ágeis tecidos já desenhando novo movimento ares acima?
Tantas respostas para as mesmas perguntas.
Isso é algo que me deixa ainda mais ansioso com uma pequena frase que li outro dia, impressa em papel de reunião:
" Mais sábio é aquele que faz perguntas do que aquele que dá respostas!"
Acho a frase linda, mas considero que são sábios ambas as figuras citadas.
Fazer pergunta é coisa de personas sagazes, e dar respostas é tarefa de feiticeiros da benevolência.
Tudo é repleto de fantasia e realidade, afinal, a persona que percebeu a cena e registrou o momento é um fantástico exemplo de quem pergunta rapidamente e mais entusiasticamente ainda, responde.
Fico imaginando o inseto alado realçando o seu voo e a felina de fino pelo, apelando para o seu sábio silêncio, um minuto de ferocidade.
Também fico atento à pulsação do seu coração de gata, esperando a indecisão das asas.
Uma cena, um sino, um menino desesperado, não de desesperança, mas de não esperado no momento.
Está ele ali, vendo a cena do outro lado, não aparece na foto, mas está ali, desenhando ratos, fatos queijosos e apetitosas iguarias.
A gata, mais sábia e astuta, preferiu desenhar asas nas suas artérias e voou feliz, ligando essa sua imagem à próxima, mais avoada