terça-feira, 15 de fevereiro de 2011



Uma nave gigante.
Voa por alguns caminhos que tornam-se conhecidos aos poucos e, de repente, tornam-se conhecidos demais.
O voo dura um tempo nada constante, porém dura o tempo que lhe cabe.
Cabe no voar da nave, a massa da ave que nele existe, e mais do que isso, ela existe porque a nave a tornou sensível.
É o caminhar dos tornados.
Os que tornam vendavais aquilo que antes era apenas um cisco.
O menino disse que viu uma peça de teatro e descobriu que deve perceber as coisas bem simples.
Eu diria que os ciscos devem ser sentidos para que possam ser tornados vendavais.
Um rajada tão intensa que leva a nave até espaços desconhecidos numa velocidade espantosa.
E é aí que esse texto retoma seu começo.
Não fosse o repertório vasto dos dirigentes dos dirigíveis, os balões de fala e pensamento, nessa história, seriam vazios de letras e outros símbolos.
Os balões dançam e balançam em festa, não apenas em quadrinhos, mas em quadros de todas as dimensões, principalmente naqueles que têm a quarta.
O tempo e a nave gigante.
A cabeça e o grilo falante.
A vida torna a arte amorosa e o amor artístico, de forma que são ambos, únicos, em sentido e graça.
Vasto é o repertório da andorinha que, de tanto andar pensando, ventou sobre a nave gigante.
Essa, que depois de soprada em objeto, foi tornada um ponto semente, que agora germina nova corrente