quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


O foco está na aprendizagem.
Eu adoro aprender.
Dizem que para que alguém aprenda é preciso vontade.
Gana, garra, arrepio na espinha, antena.
Andam me ensinando bastante as rasteirinhas de couro e o povo que as desenha.
Povo sabedor que é, da minha observação atenta sobre os diferentes tipos de pessoas que povoam o nosso universo emprestado, do qual escolhemos fazer parte a repartir o empréstimo.
A você, meus préstimos.
Pra onde vai a senhorinha que, com um lenço na cabeça, atravessando a rua apressada, tendo a sua sacola quadriculada na mão direita?
Deleitei-me com o couro trançado revestindo seus calcanhares e deleitei-me também quando o par, calcanhares já não tinha.
Agora era o par que se revestia de oxigênio, esse O2 que circulava andante pelo ambiente que contém a máquina de fazer vento.
Quando o sonho leva aos irmãos, a realidade transpassa a família e sem pensar coisa alguma, aprendemos que o que junta é o infinito que as antenas em pares, e desta feita, especificamente em par, cola.
Essa é uma cola elástica, que aprende movimentos espirais, retilíneos, curvos, sem jamais perder o contato.
Adoramos aprender que a aprendizagem é mais importante que o ensino e que o ensino é mais importante que a aprendizagem, e que esse impasse foi quem deu o passe preciso para a goleada das ciências humanas.
Aprende-se e ensina-se, as bobagens e as sacadas, as sacolas e as tolices, as lagartas e as bromélias, toda essa porcariada lynda, que cotidianamente levamos na bagagem colorida e rústica, densa e elegante.
Em terra de lobos pretensiosos, reinam os porcos sem casa fixa.
Quando o ensinador é mais artista do que professor, o dito corre o risco de profanar o que o sistema rege e, portanto, mete-se em lodaçal nefasto a si próprio, afinal o sistema é dotado de recursos lamamovediços.
Quando o ensinador é mais professor do que artista, a arte encarrega-se de fazer o serviço sujo.
O que custa rebocar umas manchinhas sujismundas na xerocopiadora das repetidoras da não aprendizagem?
Não custa nada professar antena para um mundo cheio de cabeças visíveis.
Corações são necessários para remodelar afetos, carinhos, inexplicações e essas coisas tantas que emocionam por serem tão invisíveis.
Cabeças são boas para imprimir objetos, coraçõesantenas são excelentes para imprimir sujeitos