sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Univérsica, uma filosofia simples.
Eu central, invisível e ego periférico, visível.
O artista recebe de seu centro e dá forma ao objeto visível.
Universo, o uno, invisível e o verso, visível.
A idéia de que recebemos passivamente o sussurro genial de algo Além e simplesmente o reproduzimos, segundo a filosofia univérsica é passiva demais e propõe que o Eu central, em nós, contém a força do Universo.
Não esqueço jamais que, em mim, habitam as duas forças, quais sejam, o bem e o mal e que coloco redobrado esforço para que o mundo e o cosmos possam reinar com mais fluência nesse meu espaço humano.
Mundo, igual a pureza e cosmos, igual a beleza.
E não é que depois de cinquenta e um aninhos eu aprendo que a palavra cosmético vem do cosmos, beleza?
E o mundo então?
Imundo é impuro e sujo, já que o mundo é pureza.
Deriva daí o esforço que devemos promover para que esse nosso mundo seja um pouco menos egoísta a partir da intronização e consciência da nossa força universal.
Histórias não só das línguas, mas da intervenção da nossa sensibilidade vulnerável às belas coisas e aos belos acontecimentos.
Sensibilidade vulnerável.
Venham coisas e mais coisas, venham somar, venham multiplicar para que a doação seja ainda maior e as pessoas possam sentir e vulnerabilizarem-se mais e mais, transformando em objetos de bela pureza a subjetividade de todas as coisas.
Sujeito e objeto numa troca constante com o mundo e com o cosmos, com o invisível e o visível, para que enfim, possamos todos, empilharmos e sermos empilhados na oportunidade e na possibilidade de encararmos a esfera que nos parenteia tanto, instituindo o ser, com tudo aquilo que o invisível chama e a pele gruda