domingo, 30 de janeiro de 2011


Um texto inspirado.
Inspiramos das coisas, todas as pequenas e grandes coisas, que nela há para ser inspirado.
Ontem inspirei as coisas dos escorredores de plástico, brancos, onde acabaram por repousar, a baixela e a louça.
Coisas do lugar azulejado, onde há presa na parede, duas hastes que são usadas pelo debruçar dos tecidos enxugadores.
Lugar onde a loção me deu noção dos aromas, que as coisas aromáticas podem propiciar aos sentidos.
Meu sentido de direção até que é apurado e apurar o doce de abóbora é o segredo da felicidade.
Isso nos dá a dimensão dos métodos que podem ser usados para alcançarmos todos os tipos de sucesso, inclusive aquele que nos deixa felizes, simplesmente por termos apresentado um sorriso largo.
Um pente grande e um conjunto de pelos capilares podem nos dar a sensação de um balé com quatro atos e sem intervalo.
Luzes.
Um texto inspirado, quer apenas mostrar que é possível apresentar todo um enredo para quem o vivenciou e para quem anda a vivenciar o texto, o empilhamento.
São vivências diferentes que podem encontrarem-se num ponto, num risco.
Um risco, corrê-lo todo, o risco.
Corremos o risco, escrevendo, ou vivendo, vivendo, ou rabiscando, sendo que no final do percurso vamos ser inspirados por um ser maior, enorme, cheio de narinas e ventanas abertas, poros e guelras.
Um ser imenso que a gente pensou que vivia fora da gente, mas era apenas um inquilino do mundão.
Proprietários que somos de nós mesmos