sábado, 29 de janeiro de 2011


Um calorão, daqueles que transformam a paisagem desértica em miragens.
Vários acertos num único período de tempo e o espaço teve o tamanho exato na física e na quântica.
Aliás, quantidade é um termo que exalta grandezas e a quantidade de coisas absolutamente imensas, pode ser notada inclusive nas ondulações representativas dos cabelos de uma das figuras.
Eram duas, entalhadas num pedaço único de madeira.
Como se de uma árvore fosse arrancado um toco, e a partir das mãos de um artista, as figuras fossem representadas, numa transmimese.
Uma dando suporte a peça, e a outra, colada à essa uma, feita como se pudesse soltar-se pelos ares, esvoaçando os pelos até o céu.
Fosse outra a peça e estaria pintada com cores fortes, juntamente com a excelência do dourado.
Fosse uma ou outra a peça, estariam ambas, amparadas pela espiritualidade de um ancião no bote.
Um gira gira de vento, assim como formam-se os tornados, fizeram retornar a brisa desejada.
Tudo era como um cartão postal dedicado a confraria das coisas espirituais enfatizadas pelas ações purificadas pela alma de todas as coisas que circundam as cenas requintadas pela simplicidade.
Uma cachoeira de bençãos geladas, que vão acalentando-se com as quenturas dos fósforos, dos metais leves, abre as comportas.
É possível inundar o aquário com a água santa e perolada das intenções inteiras, tornando mais possível ainda o passear dos olhos pelas translúcidas lâminas de vidro, fazendo enxergar-se fora, aquilo que transparece por dentro.
Assim é feita a bula de um remédio.
Esse que se esbalda pela simples existência de letras grandes e bem visíveis no papel, origamicamente dobrado dentro da caixinha, sem tampa