sábado, 15 de janeiro de 2011


Ei zé, te prepara para achar o xis da questão!
Nas calças mulambentas do andarilho está estampado um dragão de duas cabeças e o sujeito anda pelas cidades dizendo que duas cabeças pensam melhor que uma.
Veja você!
Extra, extra, estão à disposição duas cadeiras de balanço, que oscilam entre a felicidade e o sorriso.
O detalhe fantástico das quatro pernas de cada uma delas é que estão suportadas pela delirante narrativa de dois arrrrrrrrrtesãos inflados com todo o ar do universo.
Dizem os especiais informantes dos melhores almanaques que esses balões de ensaio estão a vagar pensantes pelos muros e paredes da cidade grande.
É o que dizem zé, e você, o que me diz?
Digo-lhe que os colares de aço com seus extensores, ainda são mais sorridentes e belos quando vão andando dispostos pelo tempo.
Orar de oração silenciosa, opera um ato contínuo que dura horas e horas, radiando ondas firmes, de uma firmeza de aventurarem-se soltas pelas profundezas daquilo que é deveras conhecido.
Conhece-se pelo des lumbramento, ou seja, pelo apagar das luzes, acendendo outras tantas, que vão buscar os peixes cegos e sensíveis dos territórios longínquos, cobertos com água salgada.
Alumbra-se pela própria lamparina, encontrada no celeiro das lembranças, onde hoje reside a gata.
Doce é o braço que de leve toca o rosto do menino, para aninhar-se nas costas.
O que é resistente, raspa, mas não fere, desfere um uivo, porém mais tarde cede à lua.
E você zé o que nos diz?
Sim, sim, sei de tudo isso, sabe?
Estarei aqui, empilhando palavras preferenciais de leveza, enquanto nutre-se do exercício de escrever sua história de resgate e firmeza.
Pintei minha casa com inúmeras cores.
Todas elas dedico a amarrar as tirinhas que quase tocam os calcanhares de aquiles.
Abri um livro que escorregava da pilha e lá, na primeira página estava escrito:
Sou muito mais aquilo, do que aquiles.
Aquilo mesmo, que tem no seu feminino, a razão anunciática